quarta-feira, 20 de maio de 2015

Chance

(SEU NOME) POV


Caindo eu estava apenas caindo sem direção, algumas imagens passavam pelos lados e flores caiam sobre mim, a medida que tudo ficava claro a minha velocidade aumentava, mas não por isso eu estava assustada, eu a ouvia gritar, berrando meu nome, gritos e mais gritos...

Despertei suando frio e ouvindo minha porta servindo de saco de pancadas para alguém, milhares de vozes falando alto, batidas altas e flashes sendo disparados, meu nome sendo gritado e alguém tentando acalmar os ânimos.

-(SEU NOME) ABRE A PORTA EUUU... AAAAH SÓ ABRE!- Aquela voz familiar soou no meu ouvido, aos gritos fazendo meu corpo arrepiar, sua voz carregada e lenta, se bem a conheço ela estava bêbada.

Meu telefone toca fazendo a tela brilhar, rapidamente o atendo para tentar entender o que estava acontecendo.

-(Seu nome)?!

-Sim sou eu, pode me explicar o que está acontecendo!

-Ela bebeu demais e não se acalmou até que eu a trouxe aqui...- Sua voz foi interrompida por alguém gritando.- Se importa de deixar eu largá-la aí dentro?

-Já estou descendo.- Avisei desligando o telefone.

Coloquei um moletom grande e desci de calcinha boxe, corri escadas a baixo com medo do que poderia encontrar, acredite, nunca imaginaria tal cena na minha vida inteira. Meu quintal lotado de paparazzi com milhões de câmeras e quase me deixando cega pelos flashes, Miley jogada nos degraus que davam entrada na porta e Demi com cara assustada e fechada por conta do showzinho que Miley estava dando. Coloquei Miley em meus braços a carregando estilo noiva e deixei-a no sofá, voltei e analisei a situação, deixar ou não Demi entrar, essa costumava ser a casa dela também já que ela praticamente vivia aqui, a mesma olhava para baixo sem saber o que fazer, puxei seu braço e a coloquei para dentro, não sem antes deixar o meu recadinho fofo para os homens ocupando minha linda grama Suíça.


DEMI POV


Assim que entrei na casa dela meu coração se acalmou, não sei explicar o motivo ou explicação lógica, apenas me senti em paz como não me sentia a meses. A porta foi fechada e antes de (Seu nome) entrar pude ouvi-la falar, com voz rouca e firme, com toda certeza ela estava muito puta.

-Vou dar dez minutos para vocês abaixarem essas bostas de câmeras e sumirem, querem dormir no meio da rua ou passar o dia aqui, fiquem a vontade, mas saiam do meu terreno e do meu gramado, se vocês não fizerem isso quando eu olhar novamente eu chamo a polícia e vocês estão realmente muito fodidos, não tentem brincar comigo. Vazem!- Disse em tom normal, como se não estivesse brigando, apenas permanecia firme e impassível.

A porta se abriu e eu a vi, a mesma olhou no olho mágico e viu que todos corriam para longe de seu gramado, soltou um sorriso irônico e sussurrou "babacas", encostou as costas na porta como se precisasse achar forças e paciência para, bom, provavelmente para mim.
Sem trocar uma palavra comigo ela caminhou até a Miley que estava rindo sozinha no sofá e disse algo como "meu amor você precisa se controlar da próxima vez, sempre sobra pra mim dar banho em você", sua voz era baixinha e calma dessa vez, depois de um sorriso da Miley, (Seu nome) a pegou e subiu escada a cima me deixando ali, como parte da mobília da casa.
Deixei minha bolsa no canto do sofá e me sentei nele vendo a imensidão novamente, lembro-me da primeira vez que vim aqui, logo depois de discutir com Justin e da nossa conversa.
 

"sentei-me no sofá observando aquela casa gigante. Tudo era maior ali dentro, escadas gigantes, sofás, estantes, televisões, tudo era tão grande mas parecia normal em comparação a altura das paredes da casa. Observei os filmes cuidadosamente colocados na estante, milhões deles todos em ordem alfabética, a decoração colorida espalhada, telefone amarelo em cima de um baú azul no cantinho da sala, me dei conta depois de observar tudo que seu celular estava na minha frente, deixado alinhado com os controles, ao lado dele estava uma camiseta e dois anéis. A camiseta tinha o cheiro de seu perfume pude sentir assim que me aproximei, seus dois anéis eram ouro puro o que os fazia pesados, peguei então o celular, assim que o liguei acabei sorrindo uma foto minha no protetor de tela, mais especificamente uma foto que nós duas havíamos tirado na praia depois que nós beijamos, assim que passei meus dedos para desbloquear o celular percebi que não havia senha, ela não usava senha em seu celular?

-Estranho né?- Ouvi a voz de Justin descendo as escadas observando-me.- Ela nunca gostou de senhas assim, afinal sempre disse que nunca esconderia nada de ninguém por isso não precisava colocar uma senha no celular, ela sempre foi assim desde que nós conhecemos, nunca esconde nada e nem finge ser algo que ela não é.

-Um livro aberto com mistérios escondidos.- Disse sem olhá-lo.

-Você tava certa, se agora ela está em algum lugar a culpa é minha, e diferente de mim você colocou um sorriso no rosto dela.- Falou deixando uma lágrima escapar.

-Não para eu falei da boca pra fora, você é um ótimo irmão, ela sempre confiou em você, não é sua culpa.

-Eu sou mais velho que ela sabe, e eu deveria proteger ela quando na verdade eu piorei tudo.

-Você ta errado, ela vai voltar você sempre a protege, nada disso é sua culpa, você não dormiu até agora, deita e dorme, ela logo volta Justin, ela já vai chegar aqui daqui a pouco.- Disse tentando o tranqüilizar já eu ele parecia quebrado, e estava doendo nele tanto ou mais do que estava doendo em mim.

-Espero que você tenha razão.

 O ouvi suspirar e deitar sua cabeça para trás enquanto eu bloqueava o celular colocando-o de volta na mesinha, assim que o coloquei Justin levantou e virou o celular novamente na mesma direção que os controles estavam.

-Mary limpa a casa todos os dias, (S/n) é alérgica a poeira e pelos, acontece que Mary tem mania pelas coisas alinhadas e sempre que deixamos fora do lugar ela logo põe tudo alinhado, o que fez com que nos acostumássemos a deixar assim. Boa noite Demi.

-Boa noite Justin.

 Já estava a ponto de amanhecer e eu não havia nada para fazer, estava agoniada com tudo que aconteceu queria que ela chegasse logo e fizesse tudo passar, estava doendo em mim sentir que ela estava longe, fiz a única coisa que poderia fazer, chorei. Acho que nunca chorei de uma maneira tão dolorosa, cada lágrima era carregada com tudo que estava dentro de mim, lágrimas que saiam tão pesadas, e no meio delas eu cai no sono, pedindo para que ela logo voltasse."

As coisas permaneciam iguais, imensas como sempre foram, seus filmes estavam do mesmo jeito que da ultima vez, porém haviam mais álbuns alinhados no final. Tudo era igual o que alertava meu coração de que algo estava faltando, na verdade quase tudo era igual, agora um baú branco de madeira enfeitava um canto ao lado do telefone, em cima haviam porta retratos deitados e fotos espalhadas, ela provavelmente estava arrumando as coisas ontem. Uma foto com Justin em que os dois sorriam como idiotas afinal estavam felizes juntos, fotos de seus pais, foto de infância, uma foto com Dallas e Miley que deixava escrito "As Três mosqueteiras", uma foto em que (Seu nome) beijava o rosto de uma garota, uma foto nossa, em nosso primeiro encontro, senti meu corpo arrepiar e a saudade bater, porém vi uma foto (Seu nome) e Camila abraçadas, juntas em um por do sol na praia, Camila sorria e (Seu nome) apenas olhava para o rosto dela, meu coração doeu ao ver, eu não queria ela com outra pessoa, porque eu precisava dela para mim.
Deixei a foto sob o baú e caminhei olhando em volta, é incrível que mesmo depois do tempo as coisas permaneçam iguais, a casa ainda é 100% limpa, os controles ainda ficam alinhados, as portas continuam fechadas por causa da fobia de (Seu nome) com portas abertas, tudo era como um livrinho de lembranças que se repetiam na minha mente.
Por alguns segundos me peguei pensando em quanto uma pessoa pode mudar em seis meses, eu costumava saber sobre (Seu nome) sabe as pequenas coisas que quase ninguém sabe, as manias que ficam em segredo até que você desvende o baú do tesouro, me lembro que ela amava gatos, gostava de filme de terror, usava frequentemente roupas pretas, gostava de comer cereal sem leite, escovava os dentes com duas pastas diferentes uma a noite e outra de dia, não conseguia se acalmar se não conseguisse sentir o cheiro do seu perfume, amava quando eu usava suas roupas, tinha claustrofobia e agonia com portas abertas, não gostava de discutir e mesmo quando estava muito irritada não mudava seu tom de voz... Eu preciso dela, de cada detalhe miserável que a faz perfeita, eu soube uma vez que a amava então porque questionei se ela me amava também sabendo da sua resposta?
Caminhei até seus filmes olhando lentamente cada um deles para retirar qualquer pensamento da minha cabeça, assim que comecei a passar meus olhos encontrei quatro filmes com pequenas etiquetas. O primeiro, Garota Interrompida, possuía um "Filme preferido da Demi, assistir e conversar com ela sobre ele", o segundo 500 dias com ela "olha com a Demi pois ela gosta de filmes que a façam pensar", o terceiro Truque de Mestre "Ótimo pra olhar no próximo sábado", e finalmente o quarto que fez meu coração errar uma batida "O melhor dia da minha vida", o vídeo de quando ela me pediu em namoro, com várias fotos e todas as preparações. Nunca havia visto esse vídeo, mas fez meu corpo tremer, abri a capa do DVD e encontrei uma lista, simples e pequena que me fez cair em lágrimas.

"As dez coisas que ela faz que me fazem sorrir"
-Suas sobrancelhas se juntando formando uma pequena ruga em sua testa quando ela está confusa, a melhor visão que eu poderia ter é vê-la dessa maneira.
-Seus olhos brilhantes refletindo a magnitude do sol em um dia claro.
-Seu sorriso envergonhado quando eu a elogio, como seu eu estivesse a contando uma novidade quando na verdade todos sabem que a sortuda sou eu por tê-la.
-A maneira como ela sente a necessidade de segurar minha mão firme com a sua, não me deixando ir para longe nunca.
-A pronúncia do meu nome em sua doce voz quando ela está dizendo algo em sussurros.
-O humor matinal que ela tem alegrando o dia de qualquer um que acorde com ela.
-Sua respiração calma enquanto dorme com suas pernas entrelaçadas as minhas e suas mãos me segurando ao seu lado.
-O jeito que ela consegue ficar estonteante sem nenhuma maquiagem em um domingo as 7 horas.
-O perfume que ela exala e deixa sobre meu travesseiro.
-Ela usando minha camiseta preta misturando nossos perfumes.
E um bônus, a maneira que ela se encaixa no lugar mais profundo do meu coração sem pedir permissão e fica ali clareando tudo por dentro.

-Eu fiz isso uma semana depois do vídeo, só queria ter certeza que manteria tudo guardado comigo e nunca esqueceria nenhum detalhe.- (Seu nome) disse descendo as escadas.

-Porque nunca me mostrou isso? Porque não me mostrou no dia que eu fui uma idiota e te mandei embora?- Perguntei já soluçando.

-Porque eu não podia te obrigar a ficar. Essa era meu problema.-Respondeu sentando-se no sofá alinhando seu telefone com os controles.

-Me diz que você me odeia, fala que eu sou uma vadia, me faz sofrer do mesmo jeito que eu fiz, não consigo saber que eu causei tudo isso.- Pedi, eu queria que ela me humilhasse para poder tentar parar de me culpar por tudo.

-Esse é meu problema. Se você quisesse dançar eu te deixaria quebrar os móveis, se você quisesse gritar eu sentaria quieta deixando você me deixar surda, se você quisesse cozinhar eu deixaria você queimar minha casa inteira, por Deus essa é a bosta do problema eu nunca amei ninguém a ponto de deixar eles me destruírem mas se você quisesse me jogar da sacada eu ainda ia ter um brilho imenso nos olhos e diria que te amava.-Soltou, baixinho, como um segredo, eu a vi ali quebrada, mas vi ali a esperança , eu podia a concertar.

-Preciso de uma chance...- Iniciei até ser cortada por ela.

-Demi por favor não!- Pediu.

-Me deixa continuar.- Ela assentiu olhando para baixo, meu sentei ao seu lado e voltei a falar.-Foi tudo a bosta do meu erro, eu sei, droga eu deito todo dia e penso em como eu fui uma babaca em ter deixado o amor da minha vida escapar pelos meus dedos, mas (Seu nome) eu não quero te chamar assim, quero te chamar de amor, dormir com seu perfume me invadindo, quero suas mãos me protegendo. Eu não quero ninguém mais, meu coração se encaixa com você e se casa é onde seu coração está eu quero estar em casa, porque você é minha casa. Você precisa me deixar tentar, do zero, tentar de verdade dessa vez, tentar concertar as besteiras, provar que ainda pode valer a pena, eu preciso só de uma chance pra concertar as coisas que eu fiz. Eu lembro que você me disse "uma grande pessoa se faz quando você tenta concertar seu erro é se levantar" então me da essa chance de ser grande, deixa eu ser grande com você.

Silêncio, o silêncio se fez completo, a última lágrima escapou por seus olhos, suas mãos se apertaram é um suspiro pesado ocupou a sala, ela se levantou com nenhuma expressão, segurou minha mão e subiu as escadas. Não perguntei nada apenas a segui sentindo suas mãos levemente frias como alguém que leva um susto e se encolhe em si. Nunca a vi tão pequena e frágil, ela é maior que eu, em seu tamanho e força, mas naquele momento ela era uma criança perdida, sem saber o que fazer.
Chegamos ao quarto e adentramos o mesmo, enquanto (Seu nome) fechava a porta fui atingida pelo seu forte perfume presente no quarto, nossas mãos se afastaram e ainda em silêncio ela começou a tirar a calça e a camiseta, ela dobrou a calça e colocou a camiseta na minha direção para em seguida entrar no closet, a vi colocando um pijama e então entendi. Retirei minha roupa vestindo sua camiseta sentindo meu corpo aquecer com seu cheiro, segundos depois a mesmo voltou e me puxou para deitar na sua cama. O quarto estava escuro e tudo que eu conseguia ouvir eram nossas respirações. (Seu nome) sempre disse que tinha pesadelos e por algum motivo eu os parava, por isso frequentemente vinha para cá apenas para manter seu sono tranquilo e talvez nesse momento ela precisasse de uma noite de sono normal.
Me virei para o lado e fechei meus olhos, ouvi um suspiro calmo da garota ao meu lado, seu braço envolveu minha cintura e carregou-me para mais perto dela colando nossos corpos, sua mão se encaixou na minha assim que coloquei minha mão próxima. Seu braço me envolvia firme, sem me deixar sair, sem me perder de novo, seu coração batia tranquilo eu podia sentir, (Seu nome) puxou o ar sentindo meu perfume como fazia frequentemente quando estávamos juntas, seu braço se fechou mais um pouco e eu me aconcheguei encontrando minha calma e paz.

-Tudo bem.- Disse tranqüila ainda me abraçando.

-O que?- Perguntei.

-Você tem sua chance, mas não vá embora de novo, não consigo aguentar de novo.- Pediu mais baixo do que nunca.

-Boa noite (Seu nome).

-Boa noite Demi.- Falou bocejando.- Eu ainda te amo.- Sussurrou muito mais para si do que para mim.

-Eu também ainda te amo.- Completei com batidas simples e fortes no peito.


"Eu ainda te amo" "Eu ainda te amo" "Eu ainda te amo", sua voz batucou na minha cabeça até que no calor dos seu braços eu adormeci tentando acreditar que ela ainda vá querer me dar uma chance amanhã quando acordar. Alguns dizem que você só descobre que a ama quando você a deixa ir, a única coisa que eu sei é que nunca mais posso deixá-la longe, ela é minha morfina da vida, meu remédio, minha cura. E mesmo sendo minha doença, ela é a única que pode me salvar.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Party Goes Wrong

POV (Seu Nome)

Quase um ano havia se passado, mais especificamente nove meses desde a última vez em que bati meus olhos em Demi. Por escolha depois daquele dia me afundei em trabalho e mais trabalho, foquei na minha carreira, fiz coisas das quais não me orgulho muito, mas não me arrependo. Voltei a dar grandes festas, ficando com duas ou três pessoas na mesma festa, afundei todo e qualquer pensamento que poderia ter em relação a Demi, porque como diz certa música "eu preciso ficar bêbada o tempo todo para te deixar fora da minha mente". Confesso que talvez não tenha sido correto, mas sendo um desastre ambulante nada mais agradável que deixar erros no caminho.
Demorei, demorei muito para conseguir me livrar da dor e de qualquer memória, só Deus (e o Justin) sabem quantas noites em claro eu fiquei, enquanto chorava, colocando toda a culpa sobre meus ombros, contudo em um dia, após beber tudo que pude, me senti vazia, completamente vazia, como se tudo pelo que vivo tivesse sumido, e foi então que um choque correu meu corpo, eu estava deixando-me destruir. Não posso dizer que não a amo, seria mentira, mas do mesmo jeito que o amor começa ele pode terminar, obviamente ainda está presente comigo, entretanto faço questão de deixá-lo guardado no peito.
Procuro com ajuda de todos me manter no mínimo contato possível com qualquer notícia que envolva o nome Demi Lovato, ignoro as várias vezes que gritam na rua que ela disse chorando em uma entrevista que as melhores coisas podem escapar pelos nossos dedos, ignoro porque não quero voltar para o mesmo lugar que estava a meses atrás.
Atualmente procuro encontrar respostas nas musicas, quando me perguntam sobre ela respondo ironicamente. Estou trabalhando em um novo álbum já que a minha tour com Justin acabou dando um bom espaço de tempo para pensar em quais rumos seguir. Depois do meu encontro com Laura uma grande amizade voltou a reinar, transamos uma ou duas vezes e ficamos sempre que nos dá vontade.
Mas nem tudo que é bom dura muito, toda paz que nos últimos meses consegui adquirir acabou, ontem à noite, quando o diabo bateu na minha porta e me fez assinar minha passagem pro inferno.


(Na noite anterior)


-(Seu apelido) vamos, qualé vai ser muito legal, a Miley vai estar lá, a Dal, só gente maneira, podemos até convidar a Laura se você quiser.- Justin disse se colocando na frente da Tv impedindo-me de ignorá-lo.

-Ela vai viajar com a família, e eu não quero ir, fizemos festa hoje, além do mais vai estar lotado de paparazzi naquela porra, Jus o que tem demais pra eu ir nessa festa?- Questionei tentando olhar para a Tv.

-A Hailey vai estar lá, e sabe faz tempo que não vejo ela, e não quero ir sozinho, por favor por mim (Seu apelido).- Falou ele fazendo bico e manhoso.

-Que seja, agora me deixa olhar tv.

-AE VOCÊ É A MELHOR, SE ARRUME QUE EU TE BUSCO AS NOVE.- Exclamou animado me fazendo rir logo saindo com seu Masserati preto.

Resolvi tomar banho e começar a me arrumar, afinal já eram oito horas, e como conheço bem Justin odeia esperar. Relaxei por alguns minutos no chuveiro para depois escolher uma roupa e iniciar minha maquiagem. Assim que terminei, passei a me preocupar com o cabelo, fazendo chapinha e deixando caído sobre meus ombros, vesti um vestido vermelho curto que marcava meu corpo junto com um scarpin branco com um pouco de glitter.
No segundo que ajeitei meu cabelo nos ombros ouvi gritos no andar de baixo, estranhei afinal pensei que apenas Justin viria, até que meu quarto é invadido por Miley, Jayden, Justin, Dallas e Cody, todos rapidamente gritando e aparentemente meio bêbados.

-Gata você não é papel mas me deixou com uma vontade de te dar uns amassos.- Cody falou com sua voz mais arrastada que o normal fazendo-me rir e beijar seu rosto.

-(Seu sobrenome) que saudades.- Disse Dallas me abraçando forte.

Antes que eu pudesse responder a qualquer um eles começaram a falar alto e todos de uma vez, até que Justin (o mais sóbrio) gritou e fez todos o ouvirem.

-Crianças vamos descer pra irmos logo para festa, da próxima sem bebida pra vocês. Oi (Seu apelido).

-Oi Jus. oi gente, vamos logo antes que eu me arrependa de sair com um bando de bêbados desavisados.- Falei descendo com eles.

Assim que entramos no carro já nós dividimos, eu e Justin ficamos na frente, enquanto Cody, Jayden, Miley e Dallas se apertavam no banco de trás, e desta maneira fomos até o tapete vermelho da festa "Famous Demons". Estacionamos o carro e descemos já sendo bombardeados por flashes e mais flashes. Ao fundo vi Austin perdido tentando entender quem havia chegado e porque ninguém mais tirava fotos dele, foi quando nos viu e logo entrou com seus seguranças aparentemente irritado.

-Digam xxxxx- Falou Miley rindo de sua própria voz.

-Como vai a Selena Justin?- Perguntou um dos inoportunos fotógrafos.

-A pergunta certa é "Como vai a Hailey Justin?" Tente acertar na próxima.- Falei fazendo Justin rir animado pelo corte.

-E algum trabalho entre todos vocês pode rolar?- outro homem perguntou.

-Irmão eu mal sei onde eu to e você me pergunta de trabalho, corta essa.- Disse Jayden sarcasticamente.

-Mas sabe, eu tenho bolas e nenhuma delas é de cristal, então é uma pena você ter que esperar.- Cody falou puxando minha cintura e beijando minha bochecha.

-GAROTOS POR HOJE ACABOU.- Gritou Dallas que até agora estava quieta.

Entramos todos juntos no grande salão onde a música ensurdecia, respirei fundo sentindo o cheiro de fumaça misturado com perfumes, olhei em volta e logo achei o bar cutucando todos e caminhando até ele. Ao canto pude ver que algumas garotas nos encaravam e os caras também não estavam deixando barato, olhavam na cara dura mesmo, sem se preocupar em recusar.
Pedimos nossas bebidas e sentamos em um sofá quase no centro do salão conversando e deixando o álcool fazer efeito em nossas veias. Percebi Lauren e Normani dançando a alguns metros, decidi ir até elas.

-Gatinho vou ali ver as garotas até porque tem outra garota querendo sentar aqui.- Disse saindo logo apos piscar para Hailey que sentou ao lado de Justin.

Caminhei desviando dos corpos que dançavam sem parar até alcançar Lauren e tampar seus olhos.

-A melhor ex chefe do mundo está aqui, e se você não reconhecer minha linda voz não falo mais com vocês sobre os novos shows.- Sussurrei no ouvido de Lauren.

-(Seu nome)? MEU DEUS QUANTO TEMPO.- Falou se virando e me abraçando animada e leve, logo senti cheiro de tequila e me dei por conta o motivo da leveza.

-E você Mani, não vai me dar oi?!

-Claro que vou, você sumiu nem falou mais com a gente, to bem triste.- Falou se fingindo de triste com você manhosa.

-Nem é verdade. O que importa é que eu estou aqui, mas me diz e as outras meninas?- Perguntei.

-Ally e Dinah não vieram, ficaram fazendo qualquer coisa em algum lugar que agora eu não lembro kkkk, e a Mila ta no banheiro porque conseguiu se sujar tomando batida de morango.- Respondeu falando alto para eu poder ouvir.

Despedi-me delas indo atrás de Camila, o banheiro estava deserto, afinal ninguém havia bebido o suficiente para precisar do banheiro, entrei encontrando Camila distraída mexendo no celular, resolvi brincar um pouco. Com cuidado sem bater os saltos no chão me aproximei dela colocando a mão em sua boca e simulando sequestro.

-Gostosa hoje você é minha e não tem escolha.- Disse engrossando a voz.

Ela começou a se debater e pude sentir seu coração pulsando e quase subindo por sua boca, soltei ela e comecei a rir sem parar, quase caindo no chão sentindo minha barriga formigar, no momento que seus olhos bateram em mim sua boca abriu em um grande O, e suas mãos voaram nos meus braços estapeando o máximo que podia.

-Eu vou te matar nossa (Seu nome) você quer me matar do coração? É isso? E se eu caísse e morresse aposto que ficaria com remorso. Idiota idiotia idiota!- Gritou reclamando enquanto me batia.

-A sua cara tava impagável, quem manda ficar no banheiro mexendo no celular enquanto tem uma festa ótima lá fora.- Disse a abraçando e deixando um beijo em sua bochecha.

-Você sabe que eu não gosto muito de festas, ainda mais daquelas que seu ex está participando, só vim pelas meninas mesmo.- Camila falou suspirando voltando a me abraçar se aconchegando.

-Veio toda linda desse jeito e vai ficar enfornada no banheiro? Serio mesmo Cami?- Perguntei olhando em seus olhos.

-O banheiro é bem interessante sabia.- Falou risonha.

-Imagino o quanto deve ser legal olhar para as paredes brancas e ouvir essa musiquinha relaxante.- Brinquei.

Mirei em seus olhos e ela fez o mesmo exatamente da mesma maneira, ao mesmo tempo, nosso olhar se encontrou e logo desceram para boca, nós já havíamos ficado uma vez, mas nada além de uns amassos, ficamos em uma das reuniões informais que tivesse sobre uma possível parceria com as meninas. Era natural aquele momento acontecer, Camila era linda e eu nunca fiz questão de esconder, e quando se tem oportunidade não vale a pena deixar passar.

-Eu acho que vou te beijar.- Sussurrei em seus lábios suavemente.

-Eu acho que vou deixar você fazer isso.- Sussurrou de volta.

E assim nossos lábios se encontraram, selando-os e acabando com a distância entre nós, as mãos de Camila subiram para o meus pescoço fazendo um carinho gostoso enquanto minhas mãos seguram firme sua cintura. Camila era delicada, fazia as coisas sem pressa e com extremo carinho e eu amava isso, as nossas línguas começaram a brincar juntas, levantei-a colocando-a em cima do mármore gigante em frente aos espelhos. Antes que eu pudesse tentar algo e descer os beijos para seu pescoço a porta se abriu fazendo um pequeno barulho que foi o suficiente para nos desgrudarmos e olharmos assustadas para a porta.
Juro por tudo que é mais sagrado que senti meu corpo congelar, meus olhos pararem de piscar e meu coração diminuir seu ritmo. Ela estava linda, com um vestido branco e detalhes em dourado, scarpins brancos caindo delicadamente perfeitos com sua roupa, seu cabelo estava curto e preto. Seu sidecut de sempre permanecia ali porém pelo visto ela estava deixando-o crescer.
Camila estava estática ao meu lado e Demi nos olhava com os olhos brilhando, e Deus sabe o que ela estava pensando. Ficamos em um silêncio desconfortável por alguns dois minutos, até que meu ótimo humor apareceu e eu fiquei irrita por motivos de:
1- o meu ótimo beijo ter acabado.
2- Demi ser a pessoa que atrapalhou.
3- Demi estar nessa festa.
4- Camila estar super sem graça por culpa da inconveniente na porta.
5- Já mencionei a Demi estar nessa festa?

-Bom, vamos Cami?- Disse após coçar a garganta levemente fazendo as duas despertarem.

Camila apenas assentiu, peguei em sua mão e comecei a andar, até chegar a porta.

-Com licença por favor Demetria?- Pedi tentando controlar toda minha raiva.

-Espera posso falar com você?- Perguntou segurando meu braço me impedindo de passar. Olhei para a Camila a avaliei a situação.- Por favor?- Insistiu antes que eu pudesse recusar, sistematicamente olhei para Camila que logo entendeu meu olhar de "somos namoradas nesse segundo seja uma atriz".

-Te encontro depois com as meninas amor.- Disse Camila deixando um selinho em meus lábios, fazendo Demi encarar o chão e me fazendo sorrir percebendo que ela entendeu exatamente meu olhar.

Ela saiu do banheiro logo depois, deixando apenas eu e Demi em silêncio, caminhei até os espelhos arrumando meu cabelo levemente desgrenhados.

-Você não queria falar algo? Não tenho todo tempo do mundo Demetria, meus amigos e a Camila estão me esperando.- Falei roucamente por conta do meu humor nada bom. Eu ainda tinha mágoas dela, acho que vou as ter por bastante tempo, não consigo controlar.

-Está bonita (Seu apelido).- Pronunciou Demi com sua voz entrecortada típica de quando estava prestes a chorar.

-Estou rezando muito pra esse não ser o motivo de você ter atrapalhado e me puxado.- Rosnei não acreditando. Meu coração doeu levemente, dando uma pequena pontada por sentir que ela estava quase chorando, respirei fundo e rolei meus olhos afastando qualquer pensamento.

-Eu... é... hm... Não sei. Faz bastante tempo.- Balbuciou procurando palavras.

-Tenho um calendário Demetria, sei bem quanto tempo passou.

-Porque você está sendo tão fria?-Perguntou deixando uma lágrima cair.
-Acho que você sabe o porque, afinal foi você mesmo que jogou na minha cara tudo que podia pra depois ir embora como se não fosse nada, então não finja que não sabe do que se trata porque você sabe muito bem e além do mais...- Falei sendo logo cortada por ela.

-Me desculpa.- Disse deixando mais algumas lágrimas correrem.

-É fácil pedir algo a alguém porque você está sofrendo. Não faz isso, sabe essas suas lágrimas eu com certeza despejei muito mais do que você pode imaginar, mas talvez seja minha culpa. Porque eu amei a pessoa mais impossível do mundo, a queridinha da América, era óbvio que não ia acabar bem, óbvio que eu iria me ferrar, é sempre assim, as pessoas cagam na cabeça de quem se importa.- Falei deixando escapar minha raiva nas palavras, nunca havia esperado ter essa conversa, mas agora que ela chegou estava sendo a hora de deixar as coisas numa linha reta, tirar a dor do meu coração.

-Amou?- Questionou com lágrimas.

-Eu me recuso Demetria, me recuso a amar alguém que se recuse a permanecer ao meu lado mesmo quando estiver difícil.

-Me desculpa ta? Eu estava confusa, errada e você pode até me chamar de vadia agora que eu vou concordar, não tem nada no mundo que me corroa mais do que saber que eu causei suas lágrimas e inseguranças, mas por favor não fala que o amor acabou, eu não consigo lidar, eu preciso de uma chance pra provar que as coisas podem melhorar e...- A interrompi sentindo meu coração tremer levemente com a ferida sendo aberta.

-Não acredito que você saiba como é perder alguém, você tem alguma ideia de como era difícil ver você em entrevistas e procurar erros em mim mesma que justifiquem porque você não estava comigo? Eu me destruí, coloquei todo peso em mim, eu não consigo, não posso quebrar de novo porque não sou a garota forte que todos pensam que eu sou.

-Deixa eu cuidar de você, deixa eu concertar seu coração, deixa eu arrumar essa bagunça que eu causei, deixa eu fazer isso porque você sabe que eu consigo.- Disse convicta, limpando algumas lágrimas sue desciam sobre seu rosto.

-A cada palavra sua algo aqui dentro se quebra, eu não posso deixar você quebrar e fazer uma bagunça que eu não consiga arrumar, eu ainda estou tentando me...

E foi então que fui interrompida por seus lábios se fechando contra os meus, o gosto de seu beijo fazendo todo meu corpo se arrepiar, sua língua me invadindo e suas mãos firmes em meu rosto me impedindo de sair, minhas mãos a puxaram para perto como um ato automático fazendo mais lágrimas descerem. Saudade tudo que havia ali era saudade.
Quando voltei a mim a empurrei pelos ombros cortando o beijo e me permitindo chorar encostada na parede.

-Por favor amor, eu não posso dormir direito sabendo que você não vai acordar do meu lado...

-Para não me chama assim, eu não consigo lidar com tudo isso, ta doendo aqui dentro. Eu vou embora.

-Amor volta! Eu te a...

E antes que ela pudesse completar sua frase eu sai do banheiro, tentando limpar todas as lágrimas sem deixar minha maquiagem borrar. Corri para a saída deixando uma mensagem para Camila e Justin. Vários fotógrafos tiraram fotos minhas com cara de choro e não demoraria muito para eles ligarem os fatos. Chamei um dos meus motoristas que logo chegou e fui direito para casa.
O amor dói e não há nada que machuque mais que amar, a não ser é claro, ser machucada por amar demais.
         

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Desculpa Galera!

GENTE,

Desculpa ter sumido por tanto tempo e deixado vocês sem nenhuma atualização. Eu estava entretida com vestibular, cursinho, ensino médio e acabei tendo uma agenda péssima que ferrou totalmente comigo. NÃO irei parar e, ou abandonar a fic, irei terminá-la, pois acho extremamente chato começar algo e deixar alguém na mão.
Acreditem essa fic terá um fim e logo após estarei postando outra que tenho como carta na manga. Provavelmente estarei terminando essa fic com mais dez capítulos (curta eu sei, mas quem sabe uma segunda temporada não entra sem cena), após esta então sem nenhuma pausa a próxima estará sendo postada.
Peço sinceramente desculpas por ter "sumido", contudo estou de volta oficialmente, já que agora sou uma universitária (graças a Deus) e meus horários passam a ajudar. Se ainda houver alguém aqui acompanhando comentem, avisem, sinalizem, reclamem, xinguem, digam tudo o que quiserem, seu comentário mesmo que criticando é importante.


-Alasca